29 gennaio 2008

Non chiedetemi di tradurlo (oggi va così)

Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


Vinícius de Moraes
Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da Inglaterra, setembro de 1938

1 commento:

Anonimo ha detto...

Stranamente avevo dimenticato che avevi promesso di mantenere aggiornato il blog anche dal Brasile. Sarebbe stato un altro modo di sentirci vicini.
Ora, grazie per questa poesia. Grazie per averla lasciata in portoghese e per quello che dice.
Sarebbe bello avere le parole per rispondere, consolare. Ma ci sono tempi in cui non esistono parole adeguate. Resta solo la scusa di non saper scrivere poesia in portoghese...
anjo